RESENHA
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“Não creio que duas pessoas
poderiam ter sido mais felizes do que nós”
Essas foram as últimas
palavras escritas por Virgínia Woolf; infelizmente foram redigidas em seu
bilhete de suicídio.
Autora polêmica; forte
defensora do feminismo; antissemita que foi casada com um judeu... Essas são
algumas das facetas que descrevem a personalidade e a vida da escritora que
na verdade ninguém até hoje consegue entender. Suas obras sempre marcadas
pela preocupação com a passagem do tempo representada como corrosão e
rejuvenescimento em uma de suas mais famosas obras, parecem que previam o
futuro; mas desmitificar um mito às vezes ajuda a compreender sua fonte da
vida eterna.
Por isso decidi ir à busca de
uma biografia um tanto quanto sincera sobre a vida da autora e sua obra e me
ajudar a entender o fundo da intrigante mente de uma das minhas escritoras
prediletas.
Essa biografia em questão, escrita
pelo professor universitário e especialista em feminismo Herbert Marder caiu
de forma meio que inesperada na minha vida. Editado no Brasil pela finada
CosacNaify, foi resultado das minhas corridas compras em busca dos títulos da
editora os quais eu ainda não possuía, logo no triste anúncio do fechamento
de suas atividades.
Posso dizer que essa
biografia supriu minhas necessidades, e sim; não posso dizer que sou um
entendedor dos profundos mares que compõem a mente da autora, mas pude
realmente encontrar uma explicação que me convencesse do porque esse final
para sua vida.
“Virginia Woolf – a medida da
vida” vai nos dar um panorama da vida da escritora que vai nos levar desde
sua infância, até os seus dez últimos anos de vida, que é o período que
recebe maior atenção, dedicando boa quantidade de páginas para as décadas de
1931 a 1941.
Através dessa biografia, pude
derrubar muitos estereótipos que comumente são usados ao se falar sobre a
autora. Virginia não era apenas aquela personalidade sombria e depressiva;
ela ria, se divertia, tinha um sofisticadíssimo senso de humor, e acima de
tudo ela soube amar, o que ficou eternizado em seu bilhete de suicídio, cuja
última frase está transcrita acima.
Por fim, “Virginia Woolf – a
medida da vida” é aquele tipo de livro que quando você termina de ler, fica
um tempo com ele abraçado e digerindo todos os acontecimentos. Com certeza
valeu o tempo que dediquei à leitura dessas quase 600 páginas de pura emoção.
Vale lembrar que essa postagem está sendo feita hoje, dia 25/01que é a data
de aniversário dessa grande personalidade da literatura.
Então, fica a dica de uma
grande história de vida pra vocês. Gostou da resenha? Ficou com vontade de
ler? Comente aí :D
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